
Termino a leitura da bonita biografia de Sérgio Cabral sobre a cantora Elizeth Cardoso. É uma pena saber que ao completar 20 anos de sua morte, a enluarada Elizeth não ganhou sequer alguma menção na grande mídia sobre sua vida e obra. A biografia de Cabral é sentimental. Amigo de Elizeth reproduz os momentos marcantes de sua carreira sem tocar o dedo na ferida. Mas isso não atrapalha a leitura da biografia. Estão lá as paixões, os netos, os bastidores dos shows, as viagens pelo exterior, a preocupação com a beleza, o medo da morte e a tentativa de superar sua doença (câncer no estômago) No decorrer da leitura, resolvi escutar alguns trabalhos de Elizeth. Maravilhosos. O trabalho com Rafael Rabello, Jacob do Bandolin, as Canções do amor demais. Fui surpreendido nessas audições com uma gravação belíssima de Feitio de Oração de Noel Rosa. Não sei se já postei, mas para mim, essa canção é a mais bonita da mpb e na gravação de Gal Costa achava que era insuperável. Ledo engano. Qualquer canção que Elizeth canta e ainda mais Noel Rosa é impossível alcançar tal dramaticidade. Lindíssimo. *****
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