
O filme de Guel Arraes faz uma justa homenagem a um dos personagens mais importantes da televisão brasileira. Inserido em outro contexto histórico, o filme promove uma aproximação entre realidade e ficção que há muito tempo não via no cinema nacional. Isso é positivo, pois o público consegue ao final do filme, tecer várias imagens acerca da ambientação histórica e política da trama de Dias Gomes.
Adorei a trilha sonora que tem nomes como Zé Ramalho (gravação intensa e magistral de Cárcara); Zélia Duncam em um bolerão de tirar o chapéu de beleza e dramaticidade; Caetano Veloso e Jorge Mautner e os divertidos temas instrumentais do filme.
A direção de Guel Arraes prioriza a linguagem televisiva como é perceptível na longa cena do encontro das irmãs Cajuazeiras com Odorico e a intenção de cada irmã de seduzi-lo e conseguir o sonhado casamento. A cena não é tão engraçada como pretendia, mas são pequenos defeitos que se perdem durante o filme.
Impérdivel mesmo é a presença da atriz Maria Flor. Cada vez que aparece na tela do cinema a enche de beleza, simpatia e harmonia. Linda, linda, linda. No primeiro final de semana o filme já alcançava um público de 140 mil espectadores. Deve se aproximar dos 500 mil. Tem fôlego e estrada para isso. Bom. ***
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