Meu domingo começa com Nara Leão cantando canções de Roberto e Erasmo Carlos. Gravado em 1978 pela Philips, o LP traz a marca autoral de Nara. Suave e econômico, a cantora apresenta outras nuances sobre as canções desses dois nomes importantes da música brasileira. Nara foi um dos nomes mais representativos da MPB nos anos 60, sendo figura chave em vários movimentos musicais. Uma espécie de camaleoa que mostrava a percepção de que vários estilos musicais deveriam ser sentidos e valorizados. Destaco como imperdíveis as gravações de "Quero que vá tudo pro inferno"; "As curvas da estrada de santos"; "Cavalgada" e "Proposta". Produção de Roberto Menescal. ****
A sensação é angustiante. A sensação que tive ao ler a nova obra de Chico Buarque foi de profunda desesperança e solidão. Por coincidência, estive em julho dez dias na cidade do Rio de Janeiro. Precisamente em Copacabana. Todos os contos do livro tem como cenário o cartão postal do país. Entretanto, esse cartão postal não é o oficial, o que revela toda a beleza do lugar. O que temos na obra é o lado B. As fissuras de um projeto de modernidade que não deu certo. Toda a desigualdade do nosso país, colocada sem adjetivos, sem possibilidade de mudança. Não precisava ser assim.
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