Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2010

A Volta de Djavan

Começo meu domingo ouvindo o novo disco de Djavan. As gravações de Oração ao Tempo; Luz e Mistério e Valsa Brasileira já valem o preço do disco. Não gostei da gravação de Palco de Gilberto Gil. Sem qualquer outro tipo de novidade, os arranjos são econômicos e procuram valorizar cada vez mais a bonita voz do cantor. ***

O Rei da Crítica

Com muita ironia e polêmica, a peça de Oswald de Andrade é um dos momentos raros na dramaturgia brasileira. Em suas entrelinhas, percebemos a reconstrução do esquema econômico no qual o Brasil está inserido da maneira mais clara possível. A análogia com a história clássica de Abelardo e Helóisa e o debate entre as diferenças ou não entre os discursos capitalistas e socialistas são debatidos na peça, deixando ao espectador a sensação de que apesar de todas as ideologias ou discursos, quando os mesmos alcançam o poder institucionalizado, acabam sendo "farinha do mesmo saco". A obra de Andrade é genial. Obrigatório. *****

Existe um Céu

Um dos momentos mais bonitos do último disco de Francis Hime é a gravação da canção "Existe um céu". Música de Hime e letra de Geraldo Carneiro. Um passeio pelo mundo da delicadeza e uma compreensão e definição do sentimento amoroso belíssimo. Existe um céu onde moram as amadas Que o coração desinventou Um lugar onde vagueiam palavras de amor Restos de sol e solidão Ecos de falas amplificadas pela paixão Que na poeira do tempo, se desfez O amor é o bem maior que existe em mim O amor é o mal maior que existe O amor é o bem maior O amor é o mal e o bem Existe um céu labirinto, minha amada, E a minha sombra ali vagueia para sempre Entre os fantasmas da celebração e da dor