
Gravado em 1993 pela BMG considero este disco o melhor trabalho de Gal Costa. No início da decada de 90, a cantora surpreende a crítica e o público, abandonando os esquemas mercadológicos dos anos 80 e se impõem com todo merecimento como a melhor cantora do Brasil. Sorriso do Gato de Alice é herdeiro direto da reviravolta artística proposto por Gal ao gravar em 1990 o LP Plural.
Essencialmente acústico e com violões em primeiro plano, Gal apresenta um repertório de inéditas de quatro medalhões da MPB (Caetano, Gil, Benjor e Djavan). A safra musical é primorosa e a cantora realiza uma entrega musical maravilhosa. Hoje de manhã, resolvi novamente ouvir esse Sorriso e entrar na viagem proposta por Gal no universo da música. Como toda obra prima, o disco não chegou a ser um sucesso mercadológico, com canções exaustivamente ouvidas nas rádios do país (mesmo porque o rádio no Brasil opta pelo lixo), mas sua recepção foi mais percebida quanto a cantora realiza o show do disco que tem a direção de Gerald Thomas. Tenho o áudio completo do show e é visível a percepção de que poucas vezes Gal Costa foi tão transgressora e intensa como nesse espetáculo.
A imprensa brasileira na época mostrou sua profunda burrice ao se referir de maneira negativa a pequenos detalhes cênicos sem prestar atenção no contexto dos mesmos no roteiro do show e principalmente na trajetória artística de Gal Costa.
O disco é luxuoso e inicio o meu domingo com chave de ouro. ******
Gal... bom demais..
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