
Noel Rosa é um dos compositores brasileiros mais homenageados nos últimos anos. Importantes cantores e interpretes já se dedicaram a cantar a obra do artista. Por isso, achei arriscado mais uma homenagem. Ainda bem que me enganei. Não era preciso muito. Em se tratando de Martinho da Vila o resultado só poderia ser o melhor.
Noel é um grande cronista de sua cidade. O cotidiano, o mundo da malandragem, a dor de cotovelo,são temas que permeiam o universo do artista e assim como Martinho, compartilham das mesmas características.
Primeiro, o trabalho gráfico de Elifas Andreato é um luxo só. Revivendo as grandes capas de Martinho no final dos anos 70 e inicio dos 80. O roteiro é dividido com várias convidadas que marcam com maestria o contraste de suas vozes suaves com a lenta dicção saborosa de Martinho.
No roteiro a clássica Filosofia parece um discurso na voz do cantor. Sua filha Martinália brinca com Minha viola (desaparecida nos últimos discos em sua homenagem) e Aline Calixto se delicia no X do problema (melhor faixa). Depois dessa bela homenagem que durante muito tempo fará parte do meu repertório musical, aguardo um trabalho de inéditas de Martinho. Uma produção Biscoito Fino.
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