
Baseado na obra de Jorge Amado, o novo filme de Sérgio Machado presta uma bela homenagem não apenas ao escritor baiano mas a todo o universo que a referida obra apresenta. Uma Salvador distante dos cartões postais, cheia de contradições, violenta, ignorante e atrasada. Sérgio realiza uma adaptação livre e incorpora no filme situações dramáticas ausentes na obra para a adaptação a linguagem cinematográfica.
Com muito humor e belas interpretações o filme comove o público e deixa margens a várias interpretações. Contardo Colligaris diz que ao assistir o filme identifica que "Quincas tem razão: só teme a morte quem não se permitiu viver, ou seja, quem viveu plenamente não tem medo de morrer. Mas o que é uma vida plena? Será que é a vida de Quincas? A bebida e os amores? A fuga das responsabilidades domésticas? Talvez o valor da farra de Quincas esteja, sobretudo, na liberdade de viver sem se importar com o julgamento dos outros, com a boa reputação. Para aproveitar a vida, antes de mais nada, não se preocupe com o olhar reprovador dos demais". Faço de Colligaris minhas palavras. A vida é curta demais para se preocupar com problemas e deixar que os mesmos impeçam a realização dos nossos desejos. Nada disso. Filme que vale a pena conferir e depois leia o livro. ****
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