Não sei se foi surpresa ao me deparar com a imensa nostalgia que Arnaldo Jabor apresenta em seu mais recente filme. A veia irônica, sarcástica e polêmica do diretor de clássicos como as adaptações das obras de Nelson Rodrigues, volta ao passado, de uma maneira particular, para relembrar o tempo de um Brasil que não existe mais e dificilmente voltará a ser o que era.
Aspectos positivos do filme: a trilha sonora é tocante e traz de volta toda a efervescência dos anos 50; a atuação de Marco Nanini é sensacional; a fotografia de Lauro Escorel apresenta cores que dão suporte emocional as imagens do filme, a presença concisa de Tammy Canflagori (linda demais da conta)
Aspectos negativos: o filme é longo demais; algumas sequências sejam a ser exageradas e anti cinematográficas (morte da prostituta; loucura da personagem de Maria Flor), mas tudo bem, estamos diante de um filme que pretende ser uma espécie de recusa a tudo aquilo que estamos acostumados a ver no cinema: tiros, bombas, sexo, violência. (eu recuso a entrar nesse seleto clube e pretendo selecionar a dedo tudo aquilo que me interessa).
Mas entre aspectos positivos e negativos recomendo o filme, mas deve ser visto por espectadores que saibam entender as belas mensagens do filme e que não esteja preocupado com o sabor da pipoca ou o gosto do refrigerante. ***
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