A obra de Ana Paula Maia revela um Brasil esquecido. Invisível aos olhos da maioria. A leitura revela uma angustia silenciosa. A violência social é tão avassaladora que chega em um momento que o silêncio que permeia os olhares e as ações dos personagens revela toda a angústia de se viver de forma tão miserável e sem nenhuma perspectiva de mudança. Os personagens da obra estão mais perto de nós do que possamos imaginar. É desolador.
A sensação é angustiante. A sensação que tive ao ler a nova obra de Chico Buarque foi de profunda desesperança e solidão. Por coincidência, estive em julho dez dias na cidade do Rio de Janeiro. Precisamente em Copacabana. Todos os contos do livro tem como cenário o cartão postal do país. Entretanto, esse cartão postal não é o oficial, o que revela toda a beleza do lugar. O que temos na obra é o lado B. As fissuras de um projeto de modernidade que não deu certo. Toda a desigualdade do nosso país, colocada sem adjetivos, sem possibilidade de mudança. Não precisava ser assim.
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