Pular para o conteúdo principal

Tarsila do Amaral



A peça de Maria Adelaide Amaral realiza um perfil interessante acerca não apenas da pintura de Tarsila do Amaral, mas dos principais momentos da experiência modernista no Brasil. Fruto de 10 meses de pesquisa e entrevista, Adelaide revela momentos marcantes do período e da vida da pintora modernista.
Os bastidores da semana de 22 são questionados pelos seus participantes: Oswald de Andrade (sua personalidade intensa é revelada de forma contestadora, os momentos de raiva e humor se sobressai ), Mário de Andrade (sua timidez, seus conflitos e sua paixão pelo Brasil é notório) e Anita Malfatti (a grande precursora de tudo, sua insegurança diante de Tarsila marca a cena). Fica a impressão de que o tempo soube valorizar a importância desses artistas e sua contribuição para o que somos e fazemos hoje. Leitura agradável para o fim de semana. *****

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Um passeio pelas ruas do Brasil

  A sensação é angustiante. A sensação que tive ao ler a nova obra de Chico Buarque foi de profunda desesperança e solidão. Por coincidência, estive em julho dez dias na cidade do Rio de Janeiro. Precisamente em Copacabana. Todos os contos do livro tem como cenário o cartão postal do país. Entretanto, esse cartão postal não é o oficial, o que revela toda a beleza do lugar. O que temos na obra é o lado B. As fissuras de um projeto de modernidade que não deu certo. Toda a desigualdade do nosso país, colocada sem adjetivos, sem possibilidade de mudança. Não precisava ser assim. 

Martinho e a dificuldade da renovação

Martinho da Vila sempre está na minha cartola de canções essenciais e sempre aguardo com expectativa seus trabalhos. Entretanto nos últimos anos, Martinho vem se pautando por uma excessiva revisão em sua discografia. Seu último CD de inéditas é de 2007. De lá pra cá, regravações de sucessos e se prestarmos atenção, quase das mesmas canções. Falta de criatividade tenho certeza que não é. O compositor Martinho sabe extrair poesia das coisas mais simples e elevá-las a obras primas. Espero que em outra oportunidade, Martinho volta a ser aquele arrojado artista que surpreende seus ouvintes com narrativas sensacionais. Todo mundo sabe da importância das canções "Menina Moça"; "Casa de Bamba"; "O Pequeno Burguês", mas estas canções estão nos seus últimos três discos. Se pelo menos os arranjos apresentassem novidades, mas fica na releitura do sucesso. Não era necessário.Apesar disso, 4.5 é o cd do momento em minha trilha sonora, mas logo depois corro e coloco...

A culpa não deve ser do sol

Em vários momentos da leitura dos contos de Geovani Martins, trechos da canção "Caravanas" de Chico Buarque veio em minha mente. O que temos em mãos são narrativas que recolhem o que há de mais bárbaro e ao mesmo tempo o mais lírico da cidade do Rio de Janeiro. A cidade maravilhosa é recortada e colocada em cheque em cada viela e becos das histórias narradas. A sensação de abandono e exclusão social nos leva uma reflexão que não é tão fácil assim de se fazer. Como aponta a canção "A culpa deve ser do sol que bate na moleira, o sol". Uma viagem nada sentimental sobre a sociedade brasileira.