Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de julho, 2011

Doce Melancolia

O novo disco de Chico Buarque traz toda a assinatura do artista. Momentos de intensa beleza poética, ironia com o temáticas da qual não podemos fugir como a fugacidade do tempo são enredos de canções apresentadas em seu recente trabalho. Altamente recomendado para todos que adoram uma música popular com qualidade e riqueza poética. Não é qualquer um capaz de fazer uma letra como a que posto abaixo. Se a dona se banhou Eu não estava lá Por Deus Nosso Senhor Eu não olhei Sinhá Estava lá na roça Sou de olhar ninguém Não tenho mais cobiça Nem enxergo bem Para que me pôr no tronco Para que me aleijar Eu juro a vosmecê Que nunca vi Sinhá Por que me faz tão mal Com olhos tão azuis Me benzo com o sinal Da santa cruz Eu só cheguei no açude Atrás da sabiá Olhava o arvoredo Eu não olhei Sinhá Se a dona se despiu Eu já andava além Estava na moenda Estava para Xerém Por que talhar meu corpo Eu não olhei Sinhá Para que que vosmincê Meus olhos vai furar Eu choro em iorubá Mas oro por Jesus Para que q
A leitura do romance de Cristina Norton é extremamente agradável e prende o leitor com agilidade e destreza. A história é contada por vários pontos de vistas: pelos escravos da casa do protagonista, por sua esposa, por cartas do pai (reais) traçando o maravilhoso ambiente dos primeiros anos da chegada da família real portuguesa ao Brasil. Luís Marrocos aprende a amar o Brasil diante de suas belezas naturais e sociais. Fontes históricas convive com fatos ficcionais redimensionando determinados fatos. O livro é nota 10. Vale a pena.... a abaixo mais comentários da obra: Esta história acompanha a existência de um bibliotecário viciado em remédios, Luís Joaquim dos Santos Marrocos, que vem para o Brasil, em 1811, trazendo em sua bagagem 76 caixas contendo um verdadeiro tesouro. Ele cruza o Oceano Atlântico na companhia das peças preciosas da Real Biblioteca do Palácio de Ajuda. Estes livros e documentos foram deixados para trás no atracadouro de Belém quando D. João VI deixou Portugal ao l

Hilda Hilst 2

Como se perdesse, assim te quero. Como se não te visse (favas douradas Sob um amarelo) assim te apreendo brusco Inamovível, e te respiro inteiro Um arco-íris de ar em águas profundas. Como se fosse tudo o mais me permitisses, A mim me fotografo nuns portões de ferro Ocres, altos, e eu mesma diluída e mínima No dissoluto de toda desespedida. Como se te perdesse nos trens, nas estações Ou contornando um círculo de águas Removente ave, assim te somo a mim: De redes e de anseios inundada. De uma fome de afagos, tigres baços Vêm se juntar a mim na noite oca. E eu mesma estilhaçada, prenhe de solidões Tento voltar à luz que me foi dada E sobreponho as mãos nas veludosas patas.

Hilda Hilst

Porque há desejo em mim, é tudo cintilância. Antes, o cotidiano era um pensar alturas Buscando Aquele Outro decantado Surdo à minha humana ladradura. Visgo e suor, pois nunca se faziam. Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo Tomas-me o corpo. E que descanso me dás Depois das lidas. Sonhei penhascos Quando havia o jardim aqui ao lado. Pensei subidas onde não havia rastros. Extasiada, fodo contigo Ao invés de ganir diante do Nada.

Um Brasil que ninguém gosta de ver

Um Brasil desconhecido pela maior parte da população. Os críticos apontam que o cinema que Cláudio Assis realiza é violento demais. Não gosto dessa afirmação. Violência é um conceito que abrange várias imagens e muitas vezes usamos a palavra para designar tudo aquilo que nos causa incomodo e desconforto. Como se viver no mundo em que vivemos, suportando as mais miséraveis condições de existência do próximo e às vezes, auxiliando na confirmação da nossa hipocrisia social não deixasse de ser formas tão abruptas e marcantes de violência. Por essas e outras coisas, o filme de Cláudio Assis está em minha galeria de produções nacionais que tem alguma coisa o que dizer. Muitos não gostam. Também não gosto de uma porção de coisas. Mas convivo com as mesmas. ****** Crítica: Daniel Levi (O Globo) Tá sentindo um cheiro estranho? É a podridão do mundo", diz um homem. "Baixio das bestas" (veja o trailer), novo filme de Claudio Assis é mais uma viagem no universo particular de seu aut

Desenrolando......

O livro apresenta com mais detalhes todas as aventuras e discussões de vida dos personagens do filme de Rosane Svartman. O filme assim como o livro ganha a simpatia dos leitores, pois tem a capacidade de prender a atenção dos adolescentes devido a sua grande aproximação de temas que permeiam essa importante fase da vida. Ótima leitura para as férias. Provavelmente vou trabalhar com esse livro em sala de aula no próximo bimestre. ****

LEITURAS PROGRAMADAS JULHO

1- O guardião de livros de Cristina Norton 2- Desenrola de Rosana Svartman 3- Fazedores de Hi stórias de Chico Anysio 4- Histórias Intimas na história do Brasil de Mary del Priori 5- Uma noite em cinco ato s de Alberto Martins 6- Obra completa de Murilo Rubião 7- Sade em Sodoma de Flávio Brito 8- Se eu fechar os olhos de Edney Silvestre